segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Evo Morales...denovo?!

Bolívia...
Esse país situado no coração do continente é um grande exemplo do quão poderosa pode ser a comoção popular.
Um país com sérios problemas sociais, e que ainda, sofre com a infraestrutura precária e com o narcotráfico.
Um país bonito, com muitas montanhas, banhado pelas águas do Lago Titicaca e com várias heranças históricas de seus antigos povos indígenas.

A história da Bolívia também é protagonizada por massacres de povos nativos, por parte de conquistadores espanhóis, que saquearam o país e mataram seus habitantes originais.
Essas histórias podem comover as pessoas, e inclusive, eleger presidentes!
É o que ocorre com Evo Morales, o então reeleito presidente da Bolívia neste domingo.






O político, que governa o país desde 2005 é de origem indígena, dos povos uru-aimará. Trabalhou desde a infãncia como cocaleiro, nome dado aos povos que cultivam as hojas de coca, muito populares na Bolívia.

Sua representatividade no meio sindical, como militante em prol dos direitos trabalhistas dos cocaleiros, o ascendeu perante o cenário político e o tornou popular dentre a classe trabalhadora. Além disso, foi um líder dentre os camponeses e impediu que o governo, em 1990, proibisse o cultivo da erva. Evo acredita que a coca é uma herança cultural dos indígenas, e seu cultivo, deve ser mantido.

























 Sua militância lhe rendeu o apoio da população. Seus discursos sobre os direitos dos trabalhadores e sobre a resistência indígena lhe tornaram popular no país, e lhe renderam uma vaga no Congresso em 1997.

Evo adotou um caráter sindicalista e esquerdista, e se tornou um símbolo na América Latina da luta pela igualdade social e pelo domínio popular.

Em 2005 foi eleito presidente, com 54% dos votos, tornando-se o primeiro presidente indígena eleito na Bolívia.
 Evo Morales passou a apoiar presidentes adeptos à politica de esquerda naquela época, como Hugo Chávez, Fidel Castro, Nestor Kirchner e o petista, Luiz Inácio Lula da Silva.

Suas políticas socialistas tomaram terras de fazendeiros, estatizaram empresas, dentre elas a Petrobras, promoveram a fuga dos investidores que se sentiram ameaçados, e mergulharam a Bolívia no sub-desenvolvimento e na precariedade.


Mas, na Bolívia, poucos ligam para o desenvolvimento da economia. A população acaba sendo persuadida por discursos regrados à emoção, sentimentalismo, ufanismo e muita demagogia. 
Evo se apresenta como protetor dos pobres, dos indígenas e dos trabalhadores. Se auto-denomina inimigo do capitalismo, do neo-liberalismo e dos grandes empresários. Com isso, ganha a confiança de seu povo, que já o elegeu por duas vezes, e agora, se manterá por mais alguns anos no poder.

As politicas de Evo, tão ovacionadas pelos representantes da esquerda na América Latina, fizeram da Bolívia um mero exportador de gás natural, que depende do Brasil, seu principal consumidor.  
Mergulhado no subdesenvolvimento e na pobreza, o país vê as políticas de seu "herói" desmoronarem, afastando investidores e transformando um dos maiores exportadores de gás natural do mundo em um país explorado pelas grandes potências.




O sindicalismo de Evo foi tão fracassado, que levou vários bolivianos desempregados a se submeterem à precariedade do trabalho escravo em São Paulo. Não encontrando uma boa remuneração em seu país de origem, milhares migram para o Brasil todos os anos, atravessando a fronteira, até chegarem nas grandes capitais, e serem submetidos à exploração de seu trabalho, ganhando salários miseráveis e vivendo em condições sub-humanas.

O presidente tão amado por seu povo, obtendo em todas as suas eleições uma porcentagem de votos astronômica, deixa parte dele desamparado, sem trabalho e sem renda. A Bolívia já não dispõe de grandes corporações, e pelo visto, não verá uma multinacional tão cedo.

Evo Morales tem lábia, e consegue persuadir sua população. Desta forma, perpetua no poder, exercendo uma ditadura mascarada, que muitos adeptos da esquerda negam.


Seu moralismo e seus discursos anti-colonialismo e anti-imperialismo, cativam o coração da classe proletária, que o defendem com unhas e dentes. 

O indígena, símbolo de resistência, não é nada mais que um estorvo, que impede o desenvolvimento do consumo e do neo-liberalismo na América Latina, afugentando empreendedores e persuadindo eleitores. 
Evo Morales, não é um líder, mas sim, um idealista, utópico, que se envolve em escândalos de corrupção, estatizações, práticas autoritárias e eleições fajutas. Sem Evo, a Bolívia talvez se tornaria uma nação próspera e desenvolvida, e não uma mera exportadora de gás e coca. Este presidente paternalista é mais um exemplo de que, um discurso inflamado e demagogo, elege líderes incompetentes e que nada fazem por seus países. A América Latina alcançará seu pleno desenvolvimento, quando o populismo e o socialismo estiverem bem longe!

Mas, infelizmente, teremos que engolir Evo por mais alguns anos...

"Esta vitória é um triunfo para os anti-imperialistas e anticolonialistas". 
                                                                                          Evo Morales
André Felipe Maria

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