Não...
Não estou falando de nenhuma cena de filme britânico ou livro de contos de fadas. Estou falando de um Mercado das Bruxas real, bem perto de nós, e muito mais interessante.
Misticismo é uma das características culturais predominantes na América Latina. Colocar determinadas espécies de plantas na casa, usar amuletos ou objetos para afastar o mau olhado é um costume muito comum nas culturas misticistas.
Na Bolívia essas crenças são muito exercidas, e bem no centro da capital La Paz, existe um popular mercado que é frequentado por turistas e diversas pessoas que ainda sustentam suas crenças no mundo paranormal. Um ótimo atrativo que faz essa belíssima cidade ser ainda mais diversificada e única em todo mundo.
O Mercado das Bruxas é mais uma das grandes curiosidades as quais nosso continente abriga. Lá pode-se encontrar de tudo. Amuletos, poções, ervas medicinais, oferendas, roupas e objetos das montanhas andinas.
A versatilidade é tamanha que os moradores locais vão até o mercado para comprar material para realizarem seus rituais, e podem adquirir inclusive sapos, tartarugas e bicos de tucano.
Mas os artigos mais bizarros que podem ser encontrados nas barraquinhas da feira são sem dúvida os fetos de lhama.
Pelas estreitas ruas de paralelepípedo, entre as humildes barraquinhas do Mercado das Bruxas, perambulam as chamadas "bruxas das montanhas andinas". Essas "bruxas" são as mulheres nativas das montanhas bolivianas. Suas práticas consistem na realização de oferendas, rituais misticos, cura de pessoas através do uso de ervas medicinais, realização de rituais de premonição e a sustentação de crenças seculares dos povos aymaras.
Elas trazem das remotas regiões do país, FETOS DE LHAMA MUMIFICADOS, artefatos um tanto estranhos, que são comercializados no local.
Em rituais de proteção, esses fetos são oferecidos pelos povos nativos à deusa andina Pachamama, a Mãe da Terra. Quando um nativo consegue constituir um novo negócio ou uma nova casa, enterra o feto sob as pedras angulares dos edifícios, oferendo-o à Pachamama em troca de proteção e sorte nos negócios.
Um grande exemplo de resistência e manutenção das tradições seculares das antigas tribos andinas e valorização da cultura local, que fora violada pela imposição do cristianismo europeu, na época do descobrimento.
Pelas estreitas ruas de paralelepípedo, entre as humildes barraquinhas do Mercado das Bruxas, perambulam as chamadas "bruxas das montanhas andinas". Essas "bruxas" são as mulheres nativas das montanhas bolivianas. Suas práticas consistem na realização de oferendas, rituais misticos, cura de pessoas através do uso de ervas medicinais, realização de rituais de premonição e a sustentação de crenças seculares dos povos aymaras.
Elas trazem das remotas regiões do país, FETOS DE LHAMA MUMIFICADOS, artefatos um tanto estranhos, que são comercializados no local.
Em rituais de proteção, esses fetos são oferecidos pelos povos nativos à deusa andina Pachamama, a Mãe da Terra. Quando um nativo consegue constituir um novo negócio ou uma nova casa, enterra o feto sob as pedras angulares dos edifícios, oferendo-o à Pachamama em troca de proteção e sorte nos negócios.
Um grande exemplo de resistência e manutenção das tradições seculares das antigas tribos andinas e valorização da cultura local, que fora violada pela imposição do cristianismo europeu, na época do descobrimento.
Ao andar pelo local, é possível encontrar os yatiris, indígenas que percorrem o mercado se oferecendo para ler a sorte aos turistas e habitantes do local. São figuras inconfundíveis, que geralmente estão usando chapéus e bolsas cheias de folhas de coca, uma planta muito popular no país, considerada inclusive, patrimônio cultural da Bolívia.
Além dos artefatos místicos, ervas medicinais, amuletos e animais, os visitantes também podem encontrar lembrancinhas tradicionais da região, suéteres de tricô, cobertores de lã da alpaca, instrumentos musicais e bijuterias.
Além dos artefatos místicos, ervas medicinais, amuletos e animais, os visitantes também podem encontrar lembrancinhas tradicionais da região, suéteres de tricô, cobertores de lã da alpaca, instrumentos musicais e bijuterias.
O local é uma ótima opção de turismo, onde é possível conhecer uma cultura única no mundo e experimentar um pouco dos hábitos dos antigos povos aymaras, contemplando a diversidade de costumes, crenças, e se infiltrar no misticismo tradicional dos nativos, adquirindo peças jamais comercializadas em outras regiões do globo, como sapos, tartarugas e lhamas mumificadas!
André Felipe Maria
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